Isso é um tremendo absurdo. Eu não sei em que cidade essas pessoas vivem, mas, por exemplo hoje: saí para trabalhar as 6 horas de manhã, peguei o metrô e, já nesse horário não tinha mais espaço pra entrar. O dia amanheceu até que geladinho hoje, cheguei a pegar uma blusa pra encarar a aventura diária que é chegar na Av Paulista, mas logo me lembrei "Voltamos do Carnaval, agora sim vai ter calor humano no Metrô"!
Mas até aí o problema não é nada de impossível de ser resolvido. Basta parar de trabalhar! Como essa não é uma solução que se adeqüe à minha realidade, vamos em frente.
Um dos problemas mais difíceis de encarar é o fato de você se arrumar, tomar banho, passar um perfume, e ir pro metrô (que já estará lotado!) e se dar conta que o vagão que você entrou é do "Encontro Diário dos Naturalistas de São Paulo", onde nenhum cidadão sabe o que é um sabonete, um shampoo, ou pior, uma escova de dentes!!! Você acaba se sentindo um estranho no ninho; ninho de gambas.
Mas existem outras "tribos" que habitam as manhãs do metrô. Tem também aquele cidadão que não tomou banho, mas não assume que é um porco. Ele simplesmente acorda, enfia a cabeça debaixo de uma pia de água gelada (deve ser por isso que não tomou banho) e depois passa um "gelzinho" pra dizer que ta limpinho. Existem ainda as pessoas que não aprenderam o significado da palavra CORREDOR, elas acham ainda que é algum atleta. Se bem que elas também não devem saber o significado de ATLETA. Mas enfim, esse tipo de gente, geralmente composta por velhinhas "simpáticas" adora ficar na porta e não ceder passagem para quem, como quem não quer nada, precisa entrar e sair na estação certa.

Estação Sé do metrô, impossivel sentir-se abandonado.
E é por esse pequeno aparelho (às vezes não tão pequeno assim) que as pessoas esquecem da vida. Esquecem principalmente de se equilibrar, e quando elas se lembram, existem duas possibilidades, ou a Lei da Gravidade se faz presente, ou elas caem no colo de alguém.
Hoje foi assim. Estava eu, ouvindo música, por volta da estação Tatuapé e a menina na minha frente não parava de digitar. Eu não sei quantos torpedos ela tava mandando, mas dava pra escrever um tratado de direito com o tanto de coisa que ela escrevia. O fato é que ela simplesmente esqueceu que o metrô ia parar uma hora. Vocês já repararam como mulher gosta de saltos finos? Daqueles que ela tem que se equilibrar na ponta do pé, porque nem ela sente firmeza no salto? Então, eu percebi especialmente hoje. A menina nem era gordinha, mas nem precisou. Ela fincou aquele salto agulha no meu pé e me fez entender de onde vem o nome do sapato!!!
O pior é que, além de tudo, ela pensou que eu estava abusando dela (como se qualquer homem tivesse fetiche de ser empalado pelo pé por uma desconhecida no metrô as 6 horas da manhã; e de surpresa ainda). Ficou olhando feio pra mim, como se a culpa de ela quase cair fosse minha. Pensando bem, eu evitei que ela caísse, não que eu quisesse.
Podia ser pior? Pois ficou. Porque na hora que ela foi puxar o sapato do meu pé, o salto enganchou no cadarço, e ficou aquela situação, puxo eu, puxa ela, a coisa não solta... soltou! Ufa. Ela me encara. Que medo. Olho no rosto dela e faço um sinal, como se tivesse alguma coisa presa no nariz dela. Ela fica vermelha e vira pro outro lado para "limpar". Mentirinha, não tinha nada, mas pelo menos elas parou de me encarar.
É por isso que eu não entendo as pessoas que dizem que as pessoas não se conhecem em São Paulo. Nós cruzamos com milhares de pessoas todos os dias, falta apenas pararmos para olhar em volta. Tem gosto pra tudo.
Aliás, se você é loira, por volta de 1,65 de altura, usa salto agulha, solteira, olhos verdes, trabalha perto da Av Paulista e estava no metrô hoje de manhã, fique tranquila que não foi você que pisou no meu pé, mas se quiser, me ligue assim mesmo! BJO
haha Isso se adequou perfeitamente a minha rotina, não de metrô, mas de ônibus. O pessoal não toma banho (pode até tomar, mas parece que o caminho até a parada é por dentro do lixo), atrapalham a passagem das pessoas que tem que descer na próxima (sendo que essas pessoas só descem muito, mas muito longe dali), pisam em você e tudo mais.
ResponderExcluirDizer que você não conhece todos de sua cidade pode até ser uma verdade, mas basta decorar a cara do sujeito para você ter ódio pelo resto da vida, rs.
Bju
Amei o "Cariocus Malditus". Maldita racinha! (:
ResponderExcluirHumor com inteligência, muito com viu...ja pode ir montando uns stand ups ai por favor, e me chama pra estreia...bjus saudades
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