sexta-feira, fevereiro 19

S.O.S. Solidão..........

Ultimamente tenho ouvido algumas pessoas dizerem que São Paulo é uma cidade gigante, com a população de uma Argentina inteira (mas sem os argentinos, que para nós são parentes próximos de outra espécie de ser humano, o Cariocus Malditus), cosmopolita, com a sua vida útil tão agitada que praticamente não dorme. Essas mesmas pessoas também dizem que apesar do grande número de pessoas com as quais encontram-se todos os dias, no caminho pro trabalho, de volta pra casa, no mercado, farmácia, banco; estão sempre sozinhas.
Isso é um tremendo absurdo. Eu não sei em que cidade essas pessoas vivem, mas, por exemplo hoje: saí para trabalhar as 6 horas de manhã, peguei o metrô e, já nesse horário não tinha mais espaço pra entrar. O dia amanheceu até que geladinho hoje, cheguei a pegar uma blusa pra encarar a aventura diária que é chegar na Av Paulista, mas logo me lembrei "Voltamos do Carnaval, agora sim vai ter calor humano no Metrô"!




Mas até aí o problema não é nada de impossível de ser resolvido. Basta parar de trabalhar! Como essa não é uma solução que se adeqüe à minha realidade, vamos em frente.


Um dos problemas mais difíceis de encarar é o fato de você se arrumar, tomar banho, passar um perfume, e ir pro metrô (que já estará lotado!) e se dar conta que o vagão que você entrou é do "Encontro Diário dos Naturalistas de São Paulo", onde nenhum cidadão sabe o que é um sabonete, um shampoo, ou pior, uma escova de dentes!!! Você acaba se sentindo um estranho no ninho; ninho de gambas.


Mas existem outras "tribos" que habitam as manhãs do metrô. Tem também aquele cidadão que não tomou banho, mas não assume que é um porco. Ele simplesmente acorda, enfia a cabeça debaixo de uma pia de água gelada (deve ser por isso que não tomou banho) e depois passa um "gelzinho" pra dizer que ta limpinho. Existem ainda as pessoas que não aprenderam o significado da palavra CORREDOR, elas acham ainda que é algum atleta. Se bem que elas também não devem saber o significado de ATLETA. Mas enfim, esse tipo de gente, geralmente composta por velhinhas "simpáticas" adora ficar na porta e não ceder passagem para quem, como quem não quer nada, precisa entrar e sair na estação certa.

Estação Sé do metrô, impossivel sentir-se abandonado.


Mas as melhores cenas nós devemos à um aparelinho que era imaginado somente nos antigos filmes de ficção científica: o celular. Se antes as pessoas se maravilhavam com o fato de poder falar com qualquer pessoa, em qualquer lugar (desde que a sua operadora tenha sinal, e o seu telefone tenha crédito) agora elas já nem se lembram que essa é a função básica da coisa. O celular agora manda recado, tira foto, envia foto, deixa recado, entra na internet, no twitter, no msn, no youtube... Caramba!



E é por esse pequeno aparelho (às vezes não tão pequeno assim) que as pessoas esquecem da vida. Esquecem principalmente de se equilibrar, e quando elas se lembram, existem duas possibilidades, ou a Lei da Gravidade se faz presente, ou elas caem no colo de alguém.



Hoje foi assim. Estava eu, ouvindo música, por volta da estação Tatuapé e a menina na minha frente não parava de digitar. Eu não sei quantos torpedos ela tava mandando, mas dava pra escrever um tratado de direito com o tanto de coisa que ela escrevia. O fato é que ela simplesmente esqueceu que o metrô ia parar uma hora. Vocês já repararam como mulher gosta de saltos finos? Daqueles que ela tem que se equilibrar na ponta do pé, porque nem ela sente firmeza no salto? Então, eu percebi especialmente hoje. A menina nem era gordinha, mas nem precisou. Ela fincou aquele salto agulha no meu pé e me fez entender de onde vem o nome do sapato!!!



O pior é que, além de tudo, ela pensou que eu estava abusando dela (como se qualquer homem tivesse fetiche de ser empalado pelo pé por uma desconhecida no metrô as 6 horas da manhã; e de surpresa ainda). Ficou olhando feio pra mim, como se a culpa de ela quase cair fosse minha. Pensando bem, eu evitei que ela caísse, não que eu quisesse.



Podia ser pior? Pois ficou. Porque na hora que ela foi puxar o sapato do meu pé, o salto enganchou no cadarço, e ficou aquela situação, puxo eu, puxa ela, a coisa não solta... soltou! Ufa. Ela me encara. Que medo. Olho no rosto dela e faço um sinal, como se tivesse alguma coisa presa no nariz dela. Ela fica vermelha e vira pro outro lado para "limpar". Mentirinha, não tinha nada, mas pelo menos elas parou de me encarar.


É por isso que eu não entendo as pessoas que dizem que as pessoas não se conhecem em São Paulo. Nós cruzamos com milhares de pessoas todos os dias, falta apenas pararmos para olhar em volta. Tem gosto pra tudo.



Aliás, se você é loira, por volta de 1,65 de altura, usa salto agulha, solteira, olhos verdes, trabalha perto da Av Paulista e estava no metrô hoje de manhã, fique tranquila que não foi você que pisou no meu pé, mas se quiser, me ligue assim mesmo! BJO

domingo, fevereiro 7

E assim caminha a nossa humanidade...

Essa semana me deparei com uma das maiores decepções da minha vida (não, eu me decepcionei com alguma pessoa em especial, pelo menos não publicamente...).

Alguns cientistas britânicos tiveram a audácia de fazer um estudo sobre o Ponto G ( http://migre.me/jbzS )! Em tempo para os meninos mais novinhos: o Ponto G é a lendária zona íntima da mulher que se estimulado proporcionaria muito prazer. É bom também que informemos que esse ponto é interno na mulher, o outro ponto que proporciona enorme prazer ao sexo feminino nós todos conhecemos; é externo ao corpo da mulher e na verdade pertence ao Homem, ou seja, estamos desconsiderando o Cartão de Crédito!!!

http://www.lazerblogs.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/12/orgasmo-feminino-chegar-ao-ogasmo-truques-orgasmo-orgasmo-mulher--300x199.jpg

A busca masculina pelo mapa que leva ao Eldorado sempre foi muito dicutida, inclusive nas rodinhas femininas. As mais diversas teorias e métodos para, supostamente, encontrar a chave do prazer das femeas vão desde o tamanho do documento nosso (homens) até a concavidade do documento delas (mulheres) e como fazer para rodear, por assim dizer, o Ponto G. Chegava a ser ilário assistir um amigo dizendo como fazia para encontrar o tal ponto. Imaginando o sujeito na cama, suando, analizando a coisa como se tentasse encontrar o caminho pra um lugar que ele não ia há muito tempo, aquela cara de "eu me lembro que era por aqui..." que todos os homens sabem fazer quando estão perdidos e não querem pedir informações para as pessoas na rua.

O problema é que nós estávamos indo para lugares onde nunca nenhum homem jamais havia chego realmente; procurando uma agulha num palheiro. Ou melhor, um pontinho na lagoa!

Agora vieram esses malditos ingleses que não tem o que fazer, e fazem um estudo científico onde procuraram clinicamente o Ponto G e qual não é a revolta ao ler a matéria dizendo que NÃO EXISTE PONTO G!!!!

Será que eles não entendem o quão importante para a evolução sexual da humanidade o Ponto G é?! Imaginem os homens como Indiana Jones; nós estamos em busca do Cálice Perdido. No caminho para encontrar fazemos várias descobertas importantes, nos animamos quando pensamos que estamos perto do nosso objetivo... descobrimos até o Santo Sudário, mas nosso alvo é o Cálice Perdido, que vai livrar o humanidade de todos os males do não prazer sexual (pelomenos para as mulheres que conhecerem o conhecedor do Segredo!).



Para completar a nossa revolta, o único lugar onde ainda tínhamos alguma soberania sobre as mulheres agora começou a ser demolido. A Lei do Impedimento. E por um antigo aliado. Agora o jornal O Lance! tem um portal dedicado às meninas, e adivinhem qual foi a primeira matéria que eles publicaram? O quê é a Lei do Impedimento!!!

O jeito é continuarmos procurando. Mesmo o Indiana Jones foi chamado de louco. Afinal, o que é um estudo científico britânico perdo do nosso estudo butequístico de sempre? Todo mundo ganha mais.


PS.: não, não sou eu na gravação.

PS².: Abraços e beijos pra galera do NOTURNO 2010 da Oficina dos Menestréis. Vamos quebrar tudo esse ano... aguardem!